A empresa informou que fará uma análise dos locais e cargos ociosos para evitar impactos nas operações.
O presidente dos Correios, Emmanoel Schimdt Rondon, nomeado para o cargo há menos de um mês, anunciou nesta quarta-feira (15) uma série de medidas para recuperar o caixa da empresa, entre elas um novo plano de demissão voluntária dos funcionários (PDV).
Ainda não há um detalhamento sobre o número de vagas que serão cortadas no plano de demissão voluntária. A empresa informou que, antes disso, fará uma análise dos locais e cargos ociosos para evitar impactos nas operações.
Outro ponto será a renegociação de contratos com fornecedores, especialmente os de maior valor, com o objetivo de reduzir custos e economizar recursos da empresa.
A empresa também está negociando um empréstimo de R$ 20 bilhões. O dinheiro para o empréstimo virá de bancos públicos e privados, em uma negociação com garantia da União.
Emmanoel Schmidt também falou em diversificar as receitas e vender imóveis ociosos como parte do plano para recuperar a estatal. Segundo ele, a ideia é que a empresa volte a dar lucro em 2027.
“É da ordem de R$ 20 bilhões. Os detalhes financeiros de custo da operação em prazo ainda não tem, porque a negociação está em curso nesse momento, mas é da ordem de R$ 20 bilhões de reais. A operação de crédito, ela visa reequilibrar a empresa, então o que a gente está negociando de operação é para ter reequilíbrio da empresa em 2025 e 2026, ter tempo de adotar as medidas que começam a impactar em 2026. Para em 27 a gente conseguir iniciar um ciclo de balanço em azul. Então a ideia é que em 2027 a empresa já esteja reequilibrada.”
De acordo com o presidente, um plano de demissão voluntária anterior, implementado recentemente pelos Correios, resultou em uma economia de R$ 700 milhões com o desligamento de aproximadamente 3 mil funcionários. No entanto, a medida não foi suficiente para reequilibrar as contas da empresa.
O anúncio da necessidade de um empréstimos para os Correios e de um novo PDV já repercute no Congresso Nacional e a oposição reagiu ao anúncio das medidas.
Em nota, o líder da oposição na Câmara, o deputado federal Zucco, afirmou que o governo quebrou novamente os Correios e depois tenta salvar o rombo com mais endividamento e manobras financeiras.
Fonte: CBN