Exclusivo: St. Marche deve ingressar com pedido de recuperação judicial

Após informações divulgadas na última semana, sobre uma tentativa de reestruturação extrajudicial da dívida, o tema ganhou rapidamente novos capítulos. Na última segunda-feira (17), o Grupo St. Marche ingressou com um pedido de Tutela de Urgência Cautelar e, nesta terça (18), o juiz concedeu em parte o pedido, determinando a suspensão de execuções contra as empresas, desde que embasadas em créditos sujeitos a Recuperação Judicial, pelo prazo improrrogável de 60 dias. O pedido do grupo informou um passivo de R$ 639.038.417,29 – valor muito superior aos R$ 314 milhões reportados há alguns dias. O montante se refere apenas a dívidas com instituições financeiras, portanto, não inclui passivos relacionados a fornecedores.

Indícios da Crise

Em 2024, o mercado já havia ligado um sinal de alerta em relação ao St. Marche. Isso porque o fundo americano L Catterton, controlador da rede, contratou em setembro a Vinci Partners para encontrar um comprador para a rede de supermercados. Desde então, a varejista fez diversas aparições na imprensa para comunicar o objetivo de captar R$ 300 milhões para crescer e dobrar seu faturamento. Segundo informações, desde 2021 o fundo tenta reduzir sua participação no St. Marche, mas nunca obteve sucesso – os americanos compraram o controle da rede em 2016.

Plano de Expansão

Em dezembro de 2024, o CEO do grupo, Bernardo Ouro Preto, falou sobre a busca por investidores e os planos de expansão do St. Marche, que conta atualmente com 33 lojas, incluindo duas do Santa Maria Empório. Na oportunidade, o empresário afirmou que “devemos ter 2 a 3 lojas novas em 2025. Depois, de 4 a 5 lojas em 2026 e 5 a 6 em 2027. A ideia é continuar crescendo nesse passo de 5 lojas por ano, para tentar chegar a 60 em 5 anos, até o final de 2029”, projetou.

Fonte: Giro News

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