Centro gastronômico de luxo em São Paulo, Eataly Brasil passará a operar, temporariamente, no formato “dark kitchen”, voltado para delivery
O plano de recuperação judicial do Eataly, centro gastronômico de luxo em São Paulo, foi aprovado pela maioria dos credores que se reuniram em assembleia geral, de forma virtual. As dívidas da empresa somam cerca de R$ 51 milhões.
Entre bancos e fornecedores, a aceitação do plano foi superior a 70%, enquanto 63% dos beneficiários da categoria microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPP) aderiram à proposta.
De acordo com a proposta apresentada pelo Eataly, a marca deixará a sede atual – um imóvel na Avenida Juscelino Kubitschek, endereço comercial nobre na capital paulista – e passará a operar, temporariamente, no formato “dark kitchen”, voltada para delivery, por um período de ao menos 12 meses. O Grupo Eataly passará a se chamar JK Foods.
O resultado da assembleia de credores consta de ata protocolada no processo, que tramita na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Para que entre em vigor, o plano de recuperação judicial do Eataly ainda tem de ser homologado pela Justiça.
“Estamos satisfeitos, tanto com o alto índice de aprovação dos credores. Isso mostra a credibilidade e a confiança na estrutura do plano apresentado”, explica o advogado Odair de Moraes Junior, responsável pela condução da recuperação judicial, em nota encaminhada ao Metrópoles.
A saída do imóvel ocupado pelo Eataly deve ocorrer após uma longa batalha judicial entre a companhia e a empresa proprietária do local, a Caoa Patrimonial, que moveu ações de despejo contra o centro gastronômico por inadimplência.
Segundo o plano de recuperação judicial apresentado aos credores, a futura nova sede de Eataly será “significativamente menor”, o que permitirá a redução dos custos e uma maior eficiência operacional.
Ainda não se sabe onde seria esse novo endereço, o que deve ficar definido em até 30 dias. A mudança também depende de questões legais e burocráticas, entre as quais a separação de bens entre Eataly e Caoa.
Nos 12 meses em que pretende operar como “dark kitchen”, o Eataly planeja atender os clientes exclusivamente por meio de delivery, em plataformas como iFood e Rappi, além de suas próprias plataformas digitais.
Fonte: Metrópoles